terça-feira, 31 de julho de 2012

ALERTA MÁXIMO!

Segue abaixo uma reportagem muito importante publicada na Folha do Interior, dia 27/07/2012 (sexta-feira). Vamos tomar os devidos cuidados!
Publicada em 27 de julho de 2012 - 9 h 33  
 
Alerta máximo contra a Leishmaniose no Sul Fluminense  

  Em Barra Mansa foi registrado um óbito e em Volta Redonda 13 bairros estão sendo monitorados 
Os casos de Leishmaniose Visceral que foram registrados em Barra Mansa e Volta Redonda estão preocupando moradores da região. Segundo dados da Secretaria de Saúde de Barra Mansa, os cães contaminados foram encontrados, principalmente, nos bairros Santa Rosa, Vila Orlandélia e no distrito de Rialto. Dos mais de 500 cães analisados, nove foram sacrificados porque ficou confirmada a doença. Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde de Barra Mansa, um óbito foi registrado em março por causa da doença. A vítima foi Magno Silva Pereira, de 37anos, morador do bairro Vila Independência. O paciente ficou internado por três meses e se recusou a receber transfusão de sangue, o que agravou o caso.
Em Barra Mansa não havia registro da doença nos últimos 15 anos. Em Volta Redonda o caso humano mais recente registrado foi em setembro do ano passado, no bairro Belmonte. Segundo dados do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Volta Redonda, desde então estão sendo realizadas ações de prevenção em 13 bairros da cidade. Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, a média anual de casos no país foi de 3.156 casos, e a incidência de dois casos por 100.000 habitantes.
Mesmo com o pronunciamento das autoridades de saúde das cidades, que afirmaram que desde o início do ano vem tomando as devidas providências como análises de cães, apoio às famílias envolvidas e esclarecimento aos moradores, algumas pessoas ainda se queixam de falta de informação sobre a doença e como preveni-la.  
Leishmaniose também é conhecida como barriga d’água

Talvez o nome Leishmaniose soe estranho para algumas pessoas, mas essa doença também é conhecida como Calazar e popularmente como Barriga D’água.
A leishmaniose visceral é uma doença causada por um protozoário, e é transmitida pela picada do mosquito palha, que vive em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo. O cachorro é um dos hospedeiros do parasita, por isso aparecem as feridas na pele do animal, mas a doença pode ser transmitida para humanos por meio da picada do mosquito e não de humano para humano ou de cachorro para humano.
O secretário de Saúde de Barra Mansa, Wilton Néri, explicou que não é preciso pânico, mas que é importante observar os sintomas. “Entre os sintomas da doença estão febre, anemia, aumento do tamanho do baço, aumento do tamanho do fígado, fadiga e dor abdominal”, explicou, lembrando que todos os profissionais da rede pública estão aptos para diagnosticar a doença e encaminhar os pacientes para o tratamento. “Tanto o diagnóstico, quanto o tratamento são oferecidos pela rede pública de saúde. Qualquer dúvida é só procurar o posto de saúde mais perto de casa ou a Secretaria de Saúde”, disse.
Segundo o médico, Carlos Alberto Bhering, mais de 5% dos acometidos vão a óbito. “As mortes acontecem cerca de um ou dois anos após o surgimento dos sintomas, grande parte em razão da falta de tratamento. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos”, explicou Bhering, enfatizando que os sintomas evoluem com o passar do tempo. “Instala-se a desnutrição, cabelos quebradiços, cílios alongados, pele seca e edema dos membros inferiores. Outras manifestações importantes incluem hemorragias que nesses pacientes, o óbito geralmente é determinado por infecções bacterianas e/ou sangramentos”, concluiu.
 Como tratar e prevenir a doença


Não há tratamento para os cães portadores da doença, a recomendação do Ministério da Saúde é sacrificar o animal para que não haja risco de contaminação humana. Para as pessoas que apresentarem os sintomas é recomendável que procurem o posto de saúde do bairro para que a Vigilância em Saúde seja comunicada. Para prevenir a contaminação do chamado mosquito palha, especialistas alertam que essa proliferação acontece em lugares onde existam matérias orgânicas. Por isso é preciso evitar que folhas de árvores, fezes de animais e outros materiais orgânicos fiquem expostos em quintais. De acordo com os responsáveis pelo setor de Controle de Zoonoses de Volta Redonda e Barra Mansa, a população deve alertar a Secretaria de Saúde caso haja cães com feridas aparentes na pele. Existe ainda uma coleira chamada Scalibor que evita que o animal seja picado pelo mosquito transmissor da doença. A coleira custa em média R$ 80. Além dessas ações ainda há a vacinação preventiva para cães que é encontrada apenas em lojas e clínicas veterinárias particulares que previnem a doença.

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